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Paracetamol (Tylenol) na Gravidez e Desenvolvimento de Autismo. O que os dados dizem?

Paracetamol (Tylenol) na Gravidez e Desenvolvimento de Autismo. O que os dados dizem?

DANILO PEREIRA

Este artigo apresenta uma análise neurocientífica abrangente sobre a controvérsia envolvendo o uso de paracetamol durante a gestação e sua suposta associação com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), contextualizando declarações políticas recentes com evidências científicas robustas. A investigação examina criticamente o estudo populacional sueco com 2,48 milhões de nascimentos, destacando como a análise entre irmãos (sibling-controlled analysis) demonstrou ausência de associação causal (HR=0,98), contrastando com associações modestas em análises convencionais que não controlam adequadamente fatores confundidores. O texto desmistifica conceitos estatísticos como hazard ratio, traduzindo aumentos relativos para impactos absolutos mínimos, enquanto integra perspectivas regulatórias da FDA, OMS e sociedades obstétricas que mantêm o paracetamol como primeira escolha terapêutica gestacional, enfatizando uso criterioso na menor dose eficaz pelo menor tempo necessário, sempre considerando que febres maternas não tratadas apresentam riscos estabelecidos ao neurodesenvolvimento fetal que superam riscos teóricos não confirmados da medicação.