Você conhece todos os estudos sobre a atividade cerebral? Aqueles que revelam padrões de pensamento e sentimentos, e como uma pessoa desempenha uma tarefa? Há um problema: a medida em que se baseiam é imprecisa, de acordo com um estudo da Universidade de Duke.


Máquinas funcionais de ressonância magnética (RMf) são excelentes para determinar as estruturas cerebrais envolvidas em uma tarefa. Por exemplo, um estudo solicitando que 50 pessoas contassem ou se lembrassem de nomes enquanto passavam por uma ressonância magnética identificaria com precisão quais partes do cérebro estão ativas durante a tarefa.

 
O problema é que, quando a mesma pessoa é solicitada a executar as mesmas tarefas com semanas ou meses de diferença, os resultados variam bastante. Provavelmente, porque as RMfs não medem diretamente a atividade cerebral: elas medem o fluxo sanguíneo para regiões do cérebro, o que é usado como proxy da atividade cerebral, porque os neurônios nessas regiões são presumivelmente mais ativos. Aparentemente, os níveis de fluxo sanguíneo mudam. "A correlação entre uma varredura e uma segunda nem é justa, é ruim", diz o principal autor Ahmad Hariri, professor de neurociência e psicologia da Universidade Duke.


Os pesquisadores reexaminaram 56 artigos publicados e revisados ​​por pares, que realizaram 90 experimentos com ressonância magnética, alguns realizados por líderes da área, e também analisaram os resultados das chamadas ressonâncias magnéticas de "teste/reteste", em que 65 indivíduos foram solicitados a realizar as mesmas tarefas meses separados. Eles descobriram que das sete medidas da função cerebral, nenhuma tinha leituras consistentes.

Para saber mais: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0956797620916786?fbclid=IwAR0xnS5j09rArbtzY1Bu_IfDsAaGjOwZC4qvtT5aGsgZbvF5_ypG_RMKWRo&

https://www.nature.com/articles/sdata201531 

02 de julho de 2020 — DANILO PEREIRA