O estudo sobre os distúrbios do movimento associados à COVID-19, tem entre os autores Danilo P. Assis, nosso fundador e  Ph.D em Neuropsicologia, Cientista de Dados e Psicometrista. 


O estudo publicado hoje pelo Tremor Journal (especializado em desordens do movimento) é resultado das análises e da avaliação de 44 artigos científicos e outros 93 casos clínicos de transtorno do movimento de início recente. Pacientes esses que estavam espalhados pelo mundo, onde a pandemia da COVID-19 ainda está em curso. 


O objetivo, conforme o artigo, foi fazer uma revisão de tudo que foi publicado até agora sobre COVID-19 e seus efeitos no cérebro. Os estudos contribuíram para a descrição clínica das potenciais manifestações neurológicas da SARS-CoV-2, auxiliando os neurologistas clínicos na identificação de características dessas síndromes incomuns como parte da sintomatologia do COVID-19.


Uma das conclusões o é que a mioclonia é o distúrbio do movimento mais frequentemente identificado associado ao COVID-19. Mioclonia é definida como uma contração muscular involuntária breve e súbita (mioclonia positiva) ou interrupção abrupta da contração muscular (mioclonia negativa). 


Ocorre em uma ampla variedade de etiologias, incluindo pós-anóxica (síndrome de Lance-Adams), metabólica (insuficiência hepática e renal, desequilíbrios eletrolíticos), tóxica, induzida por drogas (opióides, levodopa, antidepressivos, quinolonas, drogas antiepilépticas), paraneoplásica, doenças autoimunes (como na síndrome opsoclonia-mioclonia-ataxia), infecciosas (ou pós-infecciosas), genéticas e neurodegenerativas. 


Além disso, pode ser categorizado em mioclonia cortical, subcortical, espinhal ou periférica com base em sua neurofisiologia subjacente (fonte do SNC).


Segundo o artigo científico, é fundamental enfatizar que nos casos afirmados como associados ao COVID-19, vários fatores podem contribuir para a incidência de mioclonia: insuficiência renal, uso de drogas provocadoras em contexto de terapia intensiva, como antibióticos, fentanil, propofol ou fenitoína, bem como hipóxia prolongada e sustentada.

 

O artigo completo você lê aqui:

https://tremorjournal.org/article/10.5334/tohm.595/

Renata Tavares