Você conhece alguém que sofreu Traumatismo Cranioencefálico (TCE)?

Na aula da professora Beatriz Baldivia (@cerebromachucado) ela falou sobre reabilitação cognitiva em casos de TCE e foi muito interessante a forma como ela abordou.

Trouxe vários exemplos e casos clínicos reais. Vou trazer aqui neste post um pouco sobre a Reabilitação Cognitiva em casos de TCE. Vem comigo:

Um dos exemplos que a Beatriz trouxe foi o do caso do ex-BBB Rodrigo Mussi, que sofreu um acidente de carro no dia 31 de março.

Rodrigo teve um hematoma, que é um tipo de TCE, e começou a inchar no cérebro e por isso foi necessário colocar um cateter para monitorar a pressão intracraniana.

Antes de falarmos sobre a reabilitação, é importante conceituar o TCE. Veja abaixo:

Sobre o TCE

 

O Traumatismo Cranioencefálico é definido como qualquer lesão decorrente de um trauma externo, que tenha como consequência alterações anatômicas no crânio.

Como por exemplo: fratura ou laceração no couro cabeludo, prejuízos das meninges, encéfalo ou seus vasos.

Isso resulta em alterações cerebrais, como o rebaixamento de nível de consciência, além de alteração momentânea ou permanentes do cognitivo ou funcional.

No mundo o TCE tem uma incidência muito elevada e isso faz com que ele seja considerado um problema de saúde pública.

No Brasil a maioria dos casos acontece em acidentes automobilísticos, motociclísticos e queda. Sendo predominante em homens na faixa de 21 a 40 anos.

Reabilitação em casos de TCE

 

A mortalidade do TCE vem diminuindo por que os avanços científicos e o cuidado com o paciente aumentou muito.

 

Em seu post no instagram, a Beatriz explicou que a gravidade de uma lesão cerebral e as circunstâncias são assustadoras.

 

O risco de morte, as complicações e todo o cenário faz com que as pessoas tenham certeza de que o que está acontecendo é um milagre.

 

Isso porque todas as pessoas que passam pela experiência de uma lesão cerebral, direta ou indiretamente (caso de familiares que acompanham) têm suas vidas transformadas.

 

A reabilitação ou treino cognitivo para que o paciente possa recuperar algumas funções ou habilidades que foram prejudicadas pelo TCE, é um processo lento.

 

É preciso primeiro entender como as diferentes áreas e sistemas do cérebro estão funcionando, além de poder acompanhar a evolução das funções.

 

Então são avaliados:

📍Memória

📍Concentração

📍Funções executivas

📍Raciocínio

📍Linguagem

📍Percepção

📍Coordenação, entre outras;

📍Questões relacionadas ao humor e personalidade.

 

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A partir de então é traçado um plano de reabilitação das áreas mais prejudicadas para que esse paciente possa ter uma qualidade de vida melhor e ter a recuperação da autonomia.

No caso do ex-BBB Rodrigo Mussi, que teve um inchaço no cérebro, um dos parâmetros de acompanhamento é a tomografia para acompanhar quais áreas clinicamente estão prejudicadas.

Recuperação nem sempre é possível

A recuperação da função cognitiva deteriorada nem sempre é totalmente possível. Neste sentido, tem-se investido no desenvolvimento de estratégias compensatórias, isto é, estratégias que permitam aos indivíduos atingir os seus objetivos de modos alternativos.

O princípio desta abordagem é utilizar uma capacidade cognitiva que esteja intacta para compensar a que apresenta um funcionamento diminuído (Wilson, 2000).

Processo de Reabilitação

 

1: Após a avaliação, definir os objetivos.

2: Traçar o plano de reabilitação e identificar a rede de apoio do paciente (terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo(a), familiares, amigos).

3: Estimulação dos domínios cognitivos preservados, tendo em vista a compensação dos déficits nas restantes funções.

4: melhoria da funcionalidade nas tarefas diárias básicas e instrumentais.

5: Intervenção psicoeducativa com a familiar/cuidadora.

 

 

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