No estudo das bases teóricas que sustentam a prática da reabilitação neuropsicológica, é possível observar que a referência a modelos conceituais só ocorreu nos últimos anos. 


Neste post, falaremos sobre a necessidade da utilização de modelos teóricos provenientes de diversas áreas do conhecimento. 

 

Reabilitação Cognitiva: o início

 

No século passado, países desenvolvidos viram a necessidade, junto aos seus sistemas de saúde, de fornecer, além da reabilitação física, tratamentos alternativos para aliviar os déficits cognitivos, que foram cruciais no auxílio de indivíduos que sofreram algum tipo de dano ou traumatismo cerebral. 


A Reabilitação Cognitiva, com base no modelo da neuropsicologia, se pautou no modelo que sustentava a intervenção da reabilitação motora. 


Ela assumiu exercícios cognitivos para auxiliar a cognição, assim como o exercício físico que melhora o bem-estar físico. 


A partir disso, a  prática de um programa de reabilitação, dentro dessa abordagem, implica em uma avaliação neuropsicológica dos cuidados do déficit cognitivo. 


Dessa maneira, o tratamento começou a reforçar o componente danificado por meio do treinamento da cognição. A recuperação do paciente agora era avaliada no desempenho da atividade exercida e em resultados provenientes da reavaliação neuropsicológica.


No entanto, a restauração da função cognitiva para níveis pré-trauma não parecia levar a uma resolução concreta no que tange ao restabelecimento funcional do indivíduo.

Por conta disso, o foco da reabilitação se deu para a execução de “metas funcionais”, com o ensino de tarefas práticas que foram relevantes para a vida diária do paciente. 


Atualmente, a prática clínica da reabilitação cognitiva se concentra em um contexto mais amplo onde é exercido um “tratamento combinado”, envolvendo diversas áreas e modelos oriundos da neuropsicologia cognitiva, psicologia comportamental, teoria da aprendizagem, entre outros.

Os programas normalmente focam na análise comportamental da manifestação das questões do indivíduo, uma vez que o objetivo da intervenção é a redução dos problemas no cotidiano do paciente.

 

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Referência:

Abrisqueta-Gomez, J., & Santos, F. H. dos. (2006). Reabilitação neuropsicológica: Da teoria à prática. São Paulo: Artes Médicas.

Abrisqueta-Gomez, J., Piovezan, E. B., Piovezan, M. R., Piske, L. B., Sasahara, A. E. A., Fernandes, C. F., et al. (2006). Identifying practice effects of cognitive testing in healthy senior and dementia patients.

Marcia Yunes