Alterações microestruturais cerebrais e fadiga após a infecção pelo coronavírus (COVID-19)
Novo artigo com a participação do IBNeuro
Acabamos de publicar esse novo artigo no jornal Frontier in Neurology, um estudo que investigou alterações microestruturais cerebrais e fadiga após a infecção pelo coronavírus (COVID-19): Brain microstructural changes and fatigue after COVID-19.
Nesse estudo, mostramos haver diferenças na microestrutura de diversos tratos de substância branca cerebral de pacientes 3 meses após a infecção por COVID, na comparação com indivíduos não infectados (grupo controle pareado). Essas diferenças tiveram correlação com níveis de fadiga medidos por uma escala clínica.


RESUMO DO ESTUDO:
BACKGROUND
MÉTODOS
RESULTADOS
Os pacientes com COVID-19 estudados tiveram doença aguda leve a moderada (95% não hospitalizados). O período médio entre o diagnóstico (baseado no exame de RT-qPCR) e as avaliações clínicas e de RM foi de 93,3 (±26,4) dias. O grupo COVID-19 obteve pontuações mais altas na CFQ-11 do que o grupo controle (p < 0,001). Não houve diferença no desempenho neuropsicológico entre os grupos. O grupo COVID-19 apresentou menor densidade de fibras nos feixes axonais de associação, projeção comissurais, mas não houve alteração na SC.Os tratos de substância branca envolvidos (com alterações microestruturais na densidade de fibras) foram: coroa radiata, trato corticoespinhal, corpo caloso, fascículo arqueado, cingulado, fórnice, fascículo fronto-occipital inferior, fascículo longitudinal inferior, fascículo longitudinal superior e fascículo uncinado. Os escores da CFQ-11 se associaram com as alterações microestruturais no grupo de pacientes com COVID-19.