Inteligência Artificial na psicologia é um tema muito instigante. Por isso, na semana da psicologia nós convidamos o nosso fundador e Ph.D em Neuropsicologia, Danilo Assis Pereira, para falar sobre ele em uma live.
Foi abordado na ocasião a importância dos computadores no auxílio aos psicólogos e neuropsicólogos em diagnósticos e tratamentos dos principais transtornos mentais. Como complemento a essa discussão, é preciso entender como a Inteligência Artificial funciona.
A Inteligência artificial nada mais é do que algoritmos que o computador aprende para classificar indivíduos em distintas categorias. Por exemplo, imagine que você tenha interesse em avaliar a diferença entre pessoas com alto, médio e baixo nível de inteligência; essas informações serão capazes de classificar as pessoas em determinadas pontuações.
Dessa forma, você poderá utilizar os algoritmos de aprendizagem de máquina para definir quais testes são melhores para diferenciar e classificar pessoas no quesito inteligência.
No caso da Neuropsicologia, é essencial que o profissional tenha informações sobre os resultados de testes cognitivos, anamnese, informações clínicas prévias, pré mórbidas, informações de imagens e biomarcadores.
Para que, assim, consiga chegar em um diagnóstico de maneira precisa. Nesse contexto, as técnicas de agrupamento da Inteligência Artificial podem ser capazes de auxiliar na previsão e tomada de decisão dos neuropsicólogos, pois o computador entende quais são as características mais importantes para cada tipo de diagnóstico.
AI como Instrumento de diagnóstico
A inteligência artificial também pode ser utilizada como instrumento direto no diagnóstico do paciente.
Suponhamos que você tenha entre duas ou mais hipóteses de diagnóstico para um determinado paciente; assim, probabilisticamente, você poderá definir o diagnóstico mais assertivo, uma vez que considerará todos os dados dessa pessoa. Isto é, essa ferramenta é capaz de oferecer mais confiança profissional ao decidir entre um diagnóstico e outro.
Além disso, os mecanismos de análise artificial permitem a predição da evolução do transtorno; ou seja, com base neles, é possível identificar se uma pessoa com comprometimento leve irá progredir para um estágio grave, por exemplo.
Portanto, é notável a importância de se obter instrumentos válidos baseados em evidências científicas, matemáticas, estatísticas e, porque não, baseadas também na inteligência artificial, com algoritmos cada vez mais avançados e aprofundados que podem ser utilizados como aliados do psicólogo no atendimento clínico.