A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que afeta a capacidade do cérebro de controlar os movimentos do corpo. Os sintomas da doença de Parkinson incluem tremores, rigidez muscular, lentidão de movimentos e dificuldade de equilíbrio e coordenação. Além disso, a doença de Parkinson também pode causar alterações cognitivas e comportamentais.
As características neuropsicológicas da doença de Parkinson incluem:
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Alterações cognitivas: As pessoas com Parkinson podem ter dificuldade para processar informações rapidamente, problemas de atenção, memória e habilidades executivas.
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Alterações comportamentais: As pessoas com Parkinson podem apresentar mudanças de personalidade, como apatia, depressão, ansiedade e alterações no humor. Alguns pacientes apresentam sintomas de demência.
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Distúrbios do sono: Algumas pessoas com Parkinson podem ter problemas para dormir, incluindo dificuldade para adormecer, acordar frequentemente durante a noite e sonambulismo.
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Alterações na fala e deglutição: Pessoas com Parkinson podem apresentar dificuldade para falar e engolir, devido à rigidez muscular e falta de controle motor.
É importante mencionar que cada pessoa com Parkinson tem sua própria experiência da doença e que os sintomas podem variar amplamente. A avaliação neuropsicológica é importante para identificar os sintomas específicos de cada paciente e planejar intervenções adequadas.
Comprometimentos neurocognitivos na doença de Parkinson
As principais dificuldades cognitivas na doença de Parkinson incluem:
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Dificuldade de atenção e concentração: As pessoas com Parkinson podem ter dificuldade para manter a atenção em tarefas ou para se concentrar em informações novas.
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Problemas de memória: Pessoas com Parkinson podem ter dificuldade para lembrar de informações recentes ou para se lembrar de eventos passados.
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Habilidades executivas: Pessoas com Parkinson podem ter dificuldade para planejar, organizar e realizar tarefas complexas.
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Problemas visuoespaciais: Pessoas com Parkinson podem ter dificuldade para processar informações visuais e para entender como os objetos estão posicionados no espaço.
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Problemas de linguagem: Pessoas com Parkinson podem ter dificuldade para encontrar as palavras certas ou para falar de forma clara.
A avaliação neuropsicológica é importante para identificar as dificuldades cognitivas específicas de cada paciente com Parkinson. A avaliação pode incluir uma série de testes neuropsicológicos, como testes de atenção, memória, linguagem, habilidades executivas, e visuoespaciais. Também pode ser importante avaliar a capacidade do paciente para realizar tarefas cotidianas, como cozinhar, limpar, lidar com dinheiro e usar tecnologias. A avaliação neuropsicológica também pode incluir entrevistas com o paciente e seus familiares, para obter uma compreensão mais completa dos sintomas e das dificuldades que o paciente está enfrentando.
Tratamento para o Parkinson
O tratamento da doença de Parkinson é geralmente abordado de várias maneiras, incluindo medicamentos, terapia física e ocupacional, e intervenções comportamentais.
Os medicamentos mais comumente usados para tratar os sintomas da doença de Parkinson incluem:
- Estimuladores da dopamina: Esses medicamentos ajudam a aumentar os níveis de dopamina no cérebro, o que pode melhorar os sintomas da doença.
- Inibidores da monoaminoxidase: Esses medicamentos ajudam a inibir a degradação da dopamina no cérebro, aumentando seus níveis.
- Anticolinesterases: Esses medicamentos ajudam a aumentar os níveis de acetilcolina, outro neurotransmissor importante para o controle dos movimentos.
Além disso, a terapia física e ocupacional pode ajudar as pessoas com Parkinson a manter a força muscular, a flexibilidade e a capacidade de realizar tarefas cotidianas. A terapia ocupacional também pode ajudar a ensinar técnicas para lidar com as dificuldades cotidianas.
O que é e como funciona a estimulação cerebral profunda em pacientes portadores da doença de Parkinson?
A estimulação cerebral profunda (DBS, na sigla em inglês) é um tratamento neurológico que consiste na colocação de eletrodos na área específica do cérebro responsável por controlar os movimentos. Esses eletrodos são conectados a um dispositivo externo, chamado gerador de estímulo, que emite impulsos elétricos para os eletrodos, modificando a atividade cerebral.
Em pacientes com doença de Parkinson, a DBS é geralmente realizada na área do núcleo estriado, que é responsável por controlar os movimentos voluntários. A DBS tem como objetivo reduzir os sintomas motoros da doença de Parkinson, como tremores, rigidez e dificuldade de movimento.
O procedimento é realizado por neurocirurgiões especialistas, geralmente com anestesia geral e dura cerca de 4 a 6 horas. Após a cirurgia, o paciente precisa ficar alguns dias internado para monitoramento e, em seguida, é necessário um período de ajuste para o gerador de estímulo, que é feito por um neurologista especialista.
A DBS é considerada um tratamento eficaz para a doença de Parkinson, mas é reservado para pacientes com doença avançada, que não respondem adequadamente aos medicamentos tradicionais.